Mídias sociais nas corporações – Blog debate – Campus party

Na Campus Party, quarta pela manhã (27/06) participei da mesa “Mídias sociais nas corporações” (Blog Debate). Cada vez mais empresas buscam marcar presença no universo das mídias sociais, seja criando blogs corporativos, seja realizando campanhas em redes sociais. Como isso tem acontecido?

O debatedor (Eric Messa) inicia o debate questionando a Beto Aloureiro (Tecnisa) se toda e qualquer empresa estaria hoje obrigada a participar das redes sociais. Aloureiro respondeu que apenas aquelas empresas que se preocupam com seus clientes, necessitando um contato mais direto. Quando não há esta necessidade, elas não devem buscar este tipo de inserção. Pare levar este processo adiante, explica, é importante querer acertar e atender corretamente a este cliente. Em seguida, explicou que existem ramos de maior aderência às redes sociais, mas independente da área, é possível ser levado a diante, dando como exemplo a Tecnisa, que é uma empresa de construção civil. A empresa utilizou as redes sociais como estratégia de aproximação com clientes e fornecedores. Também explicou o efeito viral ao colocar a marca nas mãos dos usuários, que admiram a sua forma de se relacionar. Por este motivo, ao buscarem um apartamento, vão primeiro à Tecnisa. Em sua perspectiva, as redes sociais estão causando um rebuliço completo. Algumas empresas, acostumados às mídias tradicionais, desconhecem o poder da rede em passar uma imagem mais profissional, confundindo-as como uma brincadeira. Outro aspecto positivo é que as redes sociais funcionam como um braço a mais do marketing, conseguindo melhorar os processos e a comunicação. Observou ainda que as informações devem ser transparentes aos usuários, tendo em vista que estes detém o poder checar a veracidade destas. Muitas vezes, torna-se difícil convencer os dirigentes das empresas que ficam temerosos de colocar a imagem na marca nas mãos de alguém. Por este motivo, no interior das empresas, o social media deve buscar esta inserção com as pessoas mais atentas às redes sociais, expondo suas vantagens e alternativas.

Em seguida, Danillo Ferreira (Polícia Militar de Salvador) explicou que, por meio das redes sociais, buscou-se incorporar a sociedade nos processos das corporações policiais em Salvador, utilizando as mesmas tanto para a comunicação com sociedade, quanto para os membros da corporação. Informou que hoje existem quatro corporações no Brasil que possuem este tipo de trabalho. Observou que temos uma herança da ditadura em que a sociedade não tinha o direito de questionar o trabalho da policia. Este processo de inserção da polícia nas redes sociais foi compartilhado com toda a corporação. Finalizou dando o exemplo de um coronel que foi preso após uma denúncia realizada nas redes sociais da corporação.

Questionado se as mídias sociais são ferramentas de marketing ou web-texto, Jair Tavares (Pólvora) iniciou sua fala respondendo que isto depende do uso que se quer fazer delas, mas que, independente se marketing ou qualquer atividade, estamos falando de comunicação podendo criar processos pró-ativos ou não. Hoje existem milhares de redes com novas formas de interação aproximando e alterando a forma das pessoas se relacionarem. Explicou que as empresas dependem da interatividade com os clientes para dar conta da grande quantidade de processos comunicativos hoje existentes. Concluiu observando que atualmente “se engana pouco durante pouco tempo”.

Respondendo a questão: em que situações o perfil de uma organização deveria ser administrado por ela própria ou intermediado por uma agência de publicidade, Wagner Fontoura (Boombust) iniciou sua exposição discorrendo sobre o impacto das mídias sociais na vida pessoal e profissional. Observou que mesmo aquelas pessoas de uma organização que não trabalham diretamente com marketing, já entendem que, de alguma forma, este processo tem algum impacto no seu de trabalho. Explicou também é preciso pensar as transformações no próprio papel das agências de publicidade que, cada vez menos, cumprem aquele papel tradicional, atuando diretamente na comunicação da empresa. Hoje elas atuam em diversas áreas e não excluem o papel dos funcionários de se relacionarem com o público. As organizações devem, entretanto, definir a forma dos atores se relacionarem com a sociedade e isto não é mais feito exclusivamente com agencias de publicidade. As agências devem ser usadas, mas é necessário muito mais que isto: as organizações precisam absorver todos os seus membros neste processo, os quais deverão ser capazes de “incorporar” a imagem da empresa.

Finalizando a mesa, Antonio Mafra (Porto Seguro) destacou que as empresas, antes de adentrarem às redes sociais, precisam saber o que as pessoas pensam dela para elaborar uma estratégia de inserção adequada, posicionando-se no mercado. Deu o exemplo da Porto Seguro, que iniciou este processo atendendo e lidando com as insatisfações de seus clientes. Observou que ir de encontro às reclamações surgidas apenas aumenta a repercussão negativa da marca.

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